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AFÃ



Por hora estava tudo acertado, ele estaria me esperando às 9h.

Céus, já são 4 da manhã...

Levanto da cama. Caminho até a cozinha. Tomo um copo d'água. Respiro fundo e

tento ocupar a cabeça com outros pensamentos, inútil, só você está aqui.

Volto a deitar. Em vão... Viro e reviro na cama... Sem nenhum sucesso. É, desisto.

Resta contemplar você. O que não é de nada um mal.

Quinta-feira! Finalmente.

Revisando o roteiro: banho, roupa, comer, escovar os dentes, perfume, muito perfume,

sair, ônibus, cheguei. Isso, tenho 40 minutos para terminar essa lista. Ah, para tudo,

mensagem dele, eu chegar um pouco mais tarde? Claro que posso.,. Ufa, agora dá tempo,

relaxa, começa a fazer o que tem de ser feito. Isso, banho tomado, que cheiro bom! Ele vai

gostar. Corre! Roupa, perfume, agora sim, pronto. Essa camisa realmente é maravilhosa, vai

dar tudo certo.

...

No ônibus, barulho do trânsito, choro de criança, a senhora discutia aos berros no

telefone (deveria ser ariana) e mesmo assim, meu sorriso estava lá.

Minha parada chegou. Uns minutos e estou aqui... Com cara de bobo, mas aqui.

Entrei! Encantado, paralisado, timidez a flor da pele... Queria mais que tudo te sentir,

apertar-me a você, tê-lo.

Dois Valetes num jogo alucinante.

Em um lampejo, sinto sua mão no meu pescoço, sua boca grudada a minha, seu braço

direito a puxar minha cintura contra o seu corpo, neste momento fui tomado por um ardor que

não era meu. Maravilha! Guardei por um instante o velho coração pisciano, e me enchi da

chama do oitavo signo do zodíaco. Dois corpos, um só calor.

Senti sua mão meu corpo contra o seu, podia agora sentir toda a suas excitação colada

a minha. Nossas bocas a bailar como “pierrot” e “colombina” numa festa de carnaval.

Sua mão era travessa, alcançou minha coxa com facilidade. Não poderia eu ficar

inerte, desci a minha pelas suas costas, e pude sentir as contrações do seu corpo. Você me

acariciava por completo, eu era todo seu e sabias bem disso.

Sua boca escorrega pelo meu pescoço, nesse momento todos os pelos do meu corpo se

eriçaram. Sentia meu pau latejar de tanta excitação e você o sentiu também. Mesmo vestido já

o tinha nas mãos. Senti o botão da minha bermuda ser aberto, Meu corpo inteiro ganhou uma

tensão incomum.

Por ser um ótimo aprendiz, repeti seus passos, arranquei seu cinto e comecei a abrir os

botões daquela camisa preta. Ainda estava no terceiro e já pude sentir sua mão a me

masturbar, gemidos quase silenciosos saiam da minha boca.

Arranco-a, seu peito desnudo colado ao meu. Sinto minha bermuda descer por minhas

pernas e no estupor do momento a lancei para longe, o mesmo fizestes. Apenas eu e você e

nossas peles em contraste a se roçar. Eu de cueca preta e você azul, um azul profundo, como a

imensidão do mar de Pajuçara.

Você não parava nem um segundo. Subtraia-me come se eu fizesse parte de você, e ali

eu fazia. Olho no olho, corpo no corpo, pele com pele.



Senti seu corpo descer, sua boca percorria meu peito e ia em direção a barriga. Seus

lábios carnudos arrancaram de mim suspiros e gemidos descompassados. Sua língua valsava

me fazendo contrair-se te tanta excitação.

Suas mãos me apertam as coxas e já te vejo de joelhos com a boca me arrancando a

cueca. Minha nudez pertence a ti.

Sua boca contornava a cabeça do meu pau enquanto sua mão o percorria e ao mesmo

tempo a outro me apertava a bunda, me fazendo alucinar de tanto tesão.

Lhe segurar pelos cabelos foi o que consegui fazer enquanto me chupava com essa

boca impossível de descrever. Foram minutos incontáveis de um prazer sem precedentes.

Éramos eu, você e a luxuria de dois jovens rapazes.

Voltastes a beijar-me na boca então tomei-o para mim. O apertando contra meu corpo

nu. Minhas mãos lhe arrancaram a cueca e eu o pude ver por inteiro. O percorri com minha

boca e meu maior prazer era sentir as vibrações dele ao meu toque.

Com a boca pude arrancar gemidos deliciosos que me encheram os ouvidos enquanto

engolia seu pau por inteiro. Minha língua astuta e contornou fazendo muitas vezes seu corpo

se contorcer de prazer. Nosso prazer.

Meu prazer? Vê-lo a beira do orgasmo e saber que minha boca foi capaz daquilo.

Levantei-me satisfeito, fui de encontro a tua boca, ela me recebeu majestosamente, estávamos

nós novamente, juntos naquela loucura. Sua mão me acariciando, a minha a lhe masturbar, os

seus gemidos ecoando por toda sala.

Você com mãos firmes guiou aquele momento e eu o segui. O suor misturado aos

nossos perfumes criou um aroma único que poderei sentir sempre que pensar nestes

momentos.

Colados um ao outro com mãos incessantes e bocas num frenesi louco o sinto gozar.

Gozo quente que escorre por minha perna e me faz alucinar.

O vejo de joelhos a me chupar mais uma vez. Desta vez conseguiu ser ainda melhor.

Sua língua e seus lábios me fazem gemer. Gemidos altos que encheram seus ouvidos até me

fazer gozar. Na sua boca. Em você. Em nós. Ali só existíamos nós. Nada mais.

Um abraço suado selou para sempre aquele momento. Não sabes, mas o tenho

guardado em mim por inteiro e agora, o tento colocar em singelas palavras incapazes de

transmitir o desejo real.

Ficamos ali trocando carícias por um bom tempo. Só queria me agarrar a você e

cochilar enquanto lhe sentia respirar, o movimento involuntário do seu peito me confortavam,

me faziam sentir-me vivo mais uma vez.

Nossa hora chegou. A história foi pontuada com um último beijo que me encheu de

desejo pelos próximos que a partir dali idealizei. O tempo dirá se acontecerão.

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